Monday, October 29, 2007

o poster

O poster mais lindo da sessão de hoje, em discretas cores do FCP e da bandeira da Escoce. A clientela não foi muita (o poster estava um bocadinho escondido!), mas entusiasmada. E é muito bom ouvir pessoas interessadas no que me ocupa os dias, dá sentido ao que faço e incentivo para continuar.
As conferências foram muitas, assustadoramente especializadas. Há milhões de resultados a somar ao conhecimento que a humanidade possui e isso, em si mesmo, é maravilhoso. É entusiasmante ouvir os últimos avanços sobre o desenvolvimento de uma vacina contra a SIDA, ou contra a tuberculose, ou contra o cancro, da boca de quem faz a história da ciência, hoje.
Todos os grande trabalhos, aqueles que saem na Nature ou na Science, são feitos por grupos multidisciplinares, exactamente porque não há mais Leonardos da Vinci - porque o que sabemos é gigantesco e não está ao alcance de uma só pessoa. Saber isso ajuda-me a relativizar o meu trabalho, especialmente quando acho que não faço o suficiente. Balanço feito e é positivo: aprendi umas quantas coisas, tive mais ideias para o meu trabalho e ainda ganhei uma caneta que dá luz verde. Nada mau.

roterdão I

Cidade de contrastes, com edifícios com a arquitectura mais moderna que já vi, jardins bem cuidados e pintados com as mais bonitas cores do Outono, muitas bicicletas a circularem e um porto bonito, com barcos a flutuarem docemente. Uma cidade que primeiro estranhei, mas que tem um certo encanto.






Saturday, October 27, 2007

já bastava um

Sétimo Selo, o novo livro de José Rodrigues dos Santos, Edição Gradiva
"Baseado em informação científica actualizada, José Rodrigues dos Santos volta com este emocionante romance aos grandes temas contemporâneos, numa descoberta que poderá abalar a forma como cada um de nós encara o futuro da humanidade e do nosso planeta.
Prepare-se para o choque."
Desde o Código da Vinci houve uma profusão de livros com variações mais ou menos à volta do mesmo tema, erguendo pseudocréditos científicos, explorando de forma fácil e barata a relação entre a ciência e a igreja, com códigos e especialistas e enigmas e mais não sei o quê. Ora não há paciência para isto. O José Rodrigues dos Santos autonomeou-se o Dan Brown português e achou uma mina de ouro - já lançou meia dúzia de livros que suspeito que têm todas a mesma receita para o sucesso, o tal cientista e meia dúzia de descobertas científicas bombásticas que, com certeza, vão pôr em risco o futuro da humanidade. E se o original (ao Dan Brown me refiro) é mau, todas as cópias serão certamente piores, mas lá temos que levar com elas quando entramos nas livrarias e somos bombardeados com a secção dos livros que vendem ao quilo.

Friday, October 26, 2007

etiquetas

O meu jantar de despedida foi muito giro, estava toda a gente alegre e faladora. A Jean (a minha orientadora) despediu-se de mim com um abraço, tal como quase toda a gente. Eu que não percebo nada destas coisas do protocolo, ou melhor, acho que dois beijinhos é muito mais simples do que desatar a dar abracinhos a meio mundo, achei que já que estava toda a gente numa onda de abraços, bem que podia juntar um beijinho. Erro. Erro e erro. Devia ter-me ficado pelo abraço, vim a confirmar depois. É o que dá estar a jantar com escoceses e beber dois copinhos de vinho tinto. Fiquei excessivamente afectuosa.

melancholic state of mind 2

Tenho que confessar que ontem fiquei um bocado melancólica, um bocado blue, quando escrevi um mail a despedir-me dos meus colegas de laboratório, quando me despedi da comunidade portuguesa de Glasgow (obrigada Ricardo, Luís e Ana, pelo apoio e companhia!), quando acabei de pôr as últimas coisas na mala e acertei o despertador para 5 da manhã. Mas foi no aeroporto que comecei a ficar contente, verdadeiramente contente, por estar quase de volta a casa - nem a evacuação do aeroporto (sim, o alarme de incêndios começou a tocar, os bombeiros vieram, a coisa toda, onde é que eu já vi isto antes?!) me fez perder o sorriso. Mas que tenho pontaria, isso tenho, está mais do que provado.

a monstra

Ontem andei às voltas com a mala para meter tudo o que era essencial lá dentro, mas sem ultrapassar o limite de peso. Tantas foram as voltas que consegui partir a balança da Kate... A mala é um trambolho quase do meu tamanho, pesada como tudo - e andar com a montra atrás? e levá-la até ao quarto maravilha? Foi uma aventura, digo-vos.


a barraca de roterdão

Não é o Ritz, pois claro. A entrada do prédio está em obras, há latas de tintas por todo o lado e há uma escadaria medonha antes de se entrar no quarto. É desta que vou escrever no livro de reclamações e usar todos os adjectivos e riqueza da língua portuguesa para encontrar sinónimos de feio. Ora bem, horroroso, assustador...

Thursday, October 25, 2007

o fotógrafo dos excluídos

Fotografia tirada do novo livro de Sebastião Salgado "África", que reúne fotografias do Continente Africano, com textos de Mia Couto. Ainda não folheei, mas aposto que deve ser um livro belíssimo.

outono, inverno, outono, inverno




Wednesday, October 24, 2007

vou ser uma daquelas pessoas com um poster horrível

O poster que vou apresentar no Congresso em Roterdão está em Lisboa com o meu orientador. Como os pilotos da TAP estão em greve, parece que o poster vai continuar em Lisboa - vou levar uma cópia A4 em tons de cinzento... Paciência, por aqui continuo a fingir que ainda consigo trabalhar, apesar de já só ter cabeça para contar as horas que faltam para a partida!

se isto é um homem

Há muito tempo li um livro do Primo Levi chamado "Se isto é um homem" e até hoje nunca mais me esqueci de certas passagens. É um livro impressionante sobre o relato na primeira pessoa sobre a sobrevivência em Auschwitz - mas mais do que as condições sub-humanas a que as pessoas do campo foram sujeitas, o que mais me marcou foi a aleatoriedade que determinou a sobrevivência de uns e a morte de outros; a desesperada luta pela sobrevivência, a custo muitas vezes da vida de outros; a falta de solidariedade entre prisioneiros numas situações e o altruísmo e generosidade noutras. Se isto é um homem em condições extremas: solidário e egoísta, resistente e cobarde. O monstro não é aquele que perde a dignidade, mas o Nazi-Fascismo que o levou a deixar de ser homem.
Esta conversa vem a propósito de um filme que vi ontem chamado The Counterfeiters, que tem o brilhantismo de não romantizar os homens e de os ter pintado de vários tons de cinzento, tal como o livro do Primo Levi.

Tuesday, October 23, 2007

lista de coisas

1. lavar roupa;
2. arrumar tralha científica;
3. fazer a mala;
4. pesar mala;
5. tentar não entrar em pânico quando me aperceber que ultrapasso o limite de peso da bagagem;
6. tentar não ficar com a cabeça ainda mais na lua.

quando as bandas sonoras são personagens inesquecíveis III




Sunday, October 21, 2007

escoce, russe, france

Sempre detestei as passagens de ano até que comecei a ir para Óbidos, para a maravihosa casa da família da Sara, com os habitués João e Eunice. Tornaram-se noites memoráveis como as de um ano em que passámos a noite a jogar Tabu e que ainda são capazes de nos levar às lágrimas de tanto rir. Numa dessas noites, penso que a Eunice já estaria meio se não totalmente adormecida, eu obviamente já a dormir de olhos abertos, a Sara e o João seriam certamente os mais acordados. A minha capacidade de dizer disparates aumenta exponencialmente com o sono, mas não fui eu que comecei a dizer nomes de pessoas e países a terminar em -ce, eu estava entertida com o comando de televisão que só funcionava comigo em posições mais ou menos acrobáticas. Entre o desfile de lingerie da Victoria Secret e o "Mike Sarge", foi assim que a Escócia deixou de o ser e passou a ser Escoce.

Saturday, October 20, 2007

nunca sonhei ser bailarina

Mas sonhei sim vir um dia a escrever um livro. Ainda mantenho hoje a esperança de ter a imaginação e a coragem necessárias, e o talento repentinamente adquirido, de me meter nessa aventura. O blog é a aproximação possível para os desafortunados, uma boa espera enquanto aguardo por esse dia em que os sonhos inatingíveis se tornam realidade.
Viveria muito mais feliz se pudesse comunicar somente por palavras escritas - quantas vezes faço um esforço enorme para falar, quantas vezes gaguejo quando percebo que as pessoas estão a ouvir o que eu estou a dizer. É por isso que para mim escrever é fácil, e também é por isso que este blog se tornou um pouco a extensão dos meus pensamentos. Foi uma companhia e uma ponte para todos os meus amigos e família, foi uma maneira de estar junto de todos, arriscando-me até a dizer que ficaram a saber mais sobre mim e sobre o que penso do que se estivéssemos todos frente a frente.
Pensei muito enquanto estive na Escoce. Acredito que me conheço melhor desde que para cá vim, desde logo porque tive mais tempo, tempo para tudo, até, e principalmente, para pensar. E isso não é tão bom?

adriano correia de oliveira

A falta de tempo impediu-me de assinalar na passada semana os 25 anos da morte de um homem que defendeu o povo que amava cantando. Resistente, cantou a resistência. Fez da música de intervenção a sua arma tendo sido, a par do Zeca, uma das bandeiras do movimento estudantil em Coimbra e, de uma forma geral, de toda a luta anti-fascista. Porque também povoa o meu imaginário, aqui fica a lembrança e homenagem mais do que merecida.

Friday, October 19, 2007

"um porto seguro para a Europa"

O nosso Primeiro disse hoje que Portugal era "um porto seguro para a Europa". Não posso concordar mais se o objectivo for ter um barco encalhado ou a ir ao fundo. Continue a mandar postais, Sr. Ministro, desse Portugal imaginário onde vive.

é oficial

É oficial: o Natal é castanho. Este fim de semana vou às compras, porque este Natal, além de ser castanho, é made in Escoce.

Wednesday, October 17, 2007

a beleza


No domingo a beleza teve a forma de bailarinos vestidos de branco e melodias de Tchaikovsky, era leve e fez-me voar.

a minha segunda casa na escoce, muitas vezes a primeira


máquina do inferno 2

É esta a razão da minha falta de tempo para escrever. Lembram-se dos meus pesadelos recorrentes nos quais imagino ser eu a causa de uma explosão no laboratório? Agora este receio tem uma forma palpável: é uma autoclave portátil que utilizo na técnica de histologia (de portátil só tem o nome, porque é muito pesada). Tem um ar até simpático (é fácil imaginar uma cara na foto que mostro), mas as semelhanças com o R2 param aqui - deita fumo e faz muito barulho quando está a trabalhar e é por isso que não me atrevo a abandoná-la nem um segundo, não vá o diabo tecê-las.

Wednesday, October 10, 2007

despedidas

A minha orientadora organizou um jantar de despedida, não é tão bom? Estará ela feliz por finalmente se livrar de mim?? Bem, qualquer pretexto é bom para eles jantarem fora e beberem uns copos, mas fiquei feliz por se lembrarem de mim!
Parece mentira, mas já estou aqui há 8 meses e é bem verdade que me sinto em casa, muito por causa das pessoas que por cá conheci. Já conseguiria, se a isso me dispusesse, traçar um gráfico da ocupação da sala do chá: horas vs pessoas vs hábitos, por exemplo. Uns gostam de falar, outros levam um livro ou um jornal, outros entretêm-se a fazer palavras-cruzadas. Já quase que consigo adivinhar os almoços que costumam sair de cada uma das lancheiras – bem verdade que não é tarefa muito difícil – e já contribuo muito mais para as conversas casuais.

Tenho a certeza que eles vão ter saudades dos meus bolos, mas quero acreditar que também vão sentir um bocadinho a minha falta, do meu eu quase sempre sorridente e aos pulinhos. Eu também vou ter saudades desta gente simpática e afável, que (quase) me fazem esquecer o frio que se sente nas ruas.

as primeiras visitas da Escoce

Recebi visitas na Escoce, é agora tempo da Escoce ir a Portugal. A Vicky e a Gill têm sido impecáveis comigo, convidam-me para quase tudo, principalmente idas a casas de chá! Como nós também temos chá e, melhor que isso, café e pastéis de Belém, achei que era uma excelente ideia estender este périplo ao nosso Portugal à beira mar plantado.

a revolução tem um rosto: ernesto che guevara

Ser revolucionário é muito mais do que ser sonhador: é preciso ser consequente, vertical, corajoso e generoso. 40 anos após o seu assassinato, Che continua a inspirar sonhadores pelo mundo fora, mas ele foi muito mais do que o marketing capitalista fez dele. Lutou com armas e lutou com princípios, arregaçou as mangas e ajudou a construir uma sociedade nova.
"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um Revolucionário."
"Eu creio que a primeira coisa que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que se sente por ser jovem comunista. Essa honra que o leva a mostrar-se a toda gente na sua condição de ser comunista, que não o submete à clandestinidade, que o não reduz a fórmulas, mas que ele manifesta em cada momento que lhe sai do espírito, que tem interesse porque é o símbolo de seu orgulho. Junta-se a isso um grande sentido do dever para com a sociedade que estamos construindo, para com os nossos semelhantes como seres humanos e para com todos os homens do mundo. Isso é algo que deve caracterizar o jovem comunista. Paralelamente, uma grande sensibilidade a todos os problemas e uma grande sensibilidade em relação a justiça."

Che

Petição AE: a pobreza constitui uma grave negação dos direitos humanos fundamentais e das condições necessárias ao exercício da cidadania

Os signatários entendem que a pobreza constitui uma grave negação dos direitos humanos fundamentais e das condições necessárias ao exercício da cidadania, situação que reputam eticamente condenável, politicamente inaceitável e cientificamente injustificável. Considerando que:
* a pobreza e a exclusão têm causas estruturais e, por isso, não se resolvem apenas com sobras ou gestos de generosidade esporádica;
* a pobreza é um problema que reclama apoio para ocorrer às carências, mas, cujas causas só podem ser removidas modificando os factores económicos, sociais e culturais que geram e perpetuam a pobreza;
* o mundo em que vivemos é um mundo de abundância e desperdício e que nunca, como hoje, foi tão possível erradicar a pobreza;
* o nível de rendimento já alcançado no nosso País permitiria eliminar a pobreza que afecta cerca de um quinto da população residente em Portugal. Os signatários solicitam à Assembleia da República que:
* reconheça a pobreza como uma violação grave de direitos humanos;
* estabeleça um limiar oficial de pobreza, em função do nível de rendimento nacional e das condições de vida padrão na nossa sociedade, que sirva de referência obrigatória à definição e à avaliação das políticas públicas de erradicação da pobreza bem como à fixação de prestações sociais;
* crie um mecanismo parlamentar de observação e acompanhamento das políticas públicas, seus objectivos e instrumentos, no que respeita aos seus impactos sobre a pobreza, e que o mesmo esteja habilitado ao exercício de uma advocacia colectiva em favor dos pobres;
* proceda, anualmente, a uma avaliação da situação da pobreza no nosso país e do progresso feito na sua erradicação.
Esta petição é uma iniciativa da Comissão Nacional Justiça e Paz.
Caso concordem, assinem aqui.

Tuesday, October 9, 2007

assim começam as viagens

No meio da confusão dos papéis, resultados e ideias para organizar, já comecei a viajar. Da mesma maneira que começo todas as viagens, a sonhar e a olhar para o guia. Hotel marcado e companheira de viagens a postos, vou passar os meus anos em grande (obrigada, Patrícia!).

house for an art lover + kylie minogue pants

Este sábado embarquei em mais uma expedição de chá e cultura em Glasgow. A House for an Art Lover de manhã, almoço catita numa das salas de chá da casa, seguido de uma incursão na cultura pop-trash dos anos 90 - o vestuário da Kylie Minogue. Como poderei eu justificar isto? É daquelas coisas que são tão más que são boas, nem que seja para dar umas boas gargalhadas perante a romaria que tem levado tanta gente a fazer fila para ver plumas e calções que mais parecem cintos. Tudo muito muito foleiro, como é suposto.
Este painel foi feito a partir dos desenhos de Margaret MacDonald, mulher do Mackintosh, que em breve irá enfeitar uma das paredes da minha sala. É muito bonito, feminino e delicado, a perfeita recordação de Glasgow.

Monday, October 8, 2007

nada de nada

Nada de encomenda. Voltaram-me a telefonar hoje a pedir o nome do edíficio - devo estar numa espécie de buraco negro impossível de encontrar. Urquhart é o nome do edíficio, agora tentem dizer isto com pronúncia escocesa. Uuuuqqqqqqharrrrrrrt, raios, vamos lá outra vez, U de universe, r de rat, q de...

Friday, October 5, 2007

diga lá outra vez

Uma das coisas mais difíceis nesta história de falar uma língua estrangeira é fazer-me compreender ao telefone. E perceber o que é que a outra pessoa está a dizer do outro lado. Encomendei há uns dias uns livros na Amazon e a empresa de entregas resolveu embirrar com a morada. Telefonaram-me a pedi-la, mas como não ando com o telemóvel atrás deixaram-me uma mensagem com o telefone para o qual deveria telefonar. Muito bem. Tive que pedir ajuda para perceber o número, depois estive meia hora a soletrar o meu nome (Joanna, não Joana, que subtileza) e a morada. Com sorte a criatura com quem falei percebeu o que eu disse, senão na segunda lá tenho eu que puxar do meu melhor sotaque escocês...

Thursday, October 4, 2007

insónias

Parece que os bons resultados também me tiram o sono. Isso, somado à ansiedade da proximidade do regresso e à monumental constipação dos últimos dias - ando literalmente a arrastar-me pelo laboratório. Nem sei como tenho conseguido fazer os PCRs, são tantos tubinhos (48), e sendo a minha memória aquilo que é... será que já pus a enzima naquele tubo, será, será... é o caos.

já comecei a ir para casa

Alguns dos livros que comprei seguiram hoje, os meus pensamentos há muito que lá estão.

sputnik

A Sputnik fez hoje 50 anos, o símbolo do avanço de um país que em 40 anos caminhou séculos em termos humanos e tecnológicos. Há avanços e recuos, pois o fim da História ainda não chegou.

Wednesday, October 3, 2007

o meu pai

Este post estava em falta. Porque não o digo tantas vezes como devia e porque é para mim uma verdade universal. Tenho o melhor pai do mundo. Nem imagino quantas vezes ficou sem dormir a pensar se estaria a fazer tudo bem comigo e com a Marta. Mas fez tudo bem. Ensinou-me todos os valores fundamentais que carrego comigo todos os dias e que orientam a minha vida, os mesmos que irei ensinar aos meus fihos se um dia os tiver. Se erros houve, foi ter-nos ensinado valores tão bonitos neste mundo desfasado de quem quer viver num mundo sonhado. Durante muito tempo precisei que o meu pai me desse a mão para eu adormecer. Irei sempre precisar dessa mão para ir vivendo, de pé como as árvores.

vai-me cair o nariz

Oito meses depois de aterrar em Glasgow o virús escocês da constipação apanhou-me. Sou uma placa de petri ambulante, quero ir para casa, ficar na minha caminha e quero que tratem de mim.

Monday, October 1, 2007

um livro, um concerto, um filme

Os primers chegaram, amanhã começo os PCRs, e provavelmente foi o meu último fim de semana sem trabalhar até ao regresso a casa!! Mas entretanto, andei entretida.

Connesson
Aleph, Symphonic Dances

Stravinsky
Firebird Suite (1945)

Beethoven
Piano Concerto No5 Emperor


Michael Clayton

love shouldn't be rocket science

Pois não devia, mas para mim é. Talvez um dia aprenda, como o rapaz do filme. Um dos melhores filmes deste ano, é brilhantemente comovente - a não perder mesmo - conta a história de um miúdo gago que entra para o clube de debate da escola porque está apaixonado por uma rapariga do grupo. As dores de crescer não são fáceis, mas são as que nos moldam para o resto da vida, não é?