Friday, February 29, 2008

os professores

A D. Olga foi a minha professora da primária. Foi amor à primeira vista, eu adorava-a e ela a mim. Se tenho que agradecer a alguém o meu percurso académico, é a ela que o tenho que fazer em primeiro lugar - ensinou-me a gostar da escola e de aprender, de ser organizada no que faço, a ter a letra bonita. Depois dela, já no Secundário, foram três os professores que me marcaram: a Prof. Maria do Céu, o Prof. Hernâni e a Prof. Fátima Crujo. Todos eles me ensinaram a pensar a ciência, a filosofia, a nossa língua. Quando olho para trás, não é aos professores que tive no ensino universitário que agradeço aquilo que sou ou aquilo que sou capaz de fazer, pois quando cheguei à universidade já estava pronta para aprender por minha conta, os métodos já estavam enraízados.
Os professores deviam ser reconhecidos profissionalmente e premiados por exercerem uma função fulcral em qualquer país que se queira de direito. Custa-me muito ver a Ministra da Educação tratar esta classe profissional com a absoluta arrogância com que o faz. Assim não vamos lá.

Thursday, February 28, 2008

aqui também há chalotas

de volta ao básico

Esparguete à Bolonhesa para o jantar de ontem, franguinho assado para o almoço de hoje. Bem melhor :)

Wednesday, February 27, 2008

cozinha experimental

Experiência falhada

Ontem fiquei a ver navios com um prato que "inventei": fiz uma massa com cogumelos, pimentos, azeitonas, fiambre, natas e creme de coco. Que porcaria, é horrível, intragável, ainda me dói a barriga.

Experiência mais ou menos, adaptada do Jamie Oliver

Tempera-se salmão (ou outro peixe qualquer) com pimenta, sal e azeite. Coloca-se sobre uma camada de vegetais (courgettes, pimentos, beringela, o que calhar) e em cima põem-se duas rodelas de limão. Embrulha-se tudo numa folha de alumínio, mas deixando espaço para o bicho respirar. Vai ao forno durante 20/30 minutos. É bom.

Tuesday, February 26, 2008

organizar, organizar, organizar

Desde que comecei o doutoramento que queria organizar os meus artigos numa base de dados, mas adiei sucessivamente a tarefa (que desde então ficou a pairar, tal qual uma nuvem negra a perseguir-me). A pilha nunca mais parou de aumentar. Como não é boa política deixar tarefas prioritárias para a última, especialmente para as vésperas da escrita da tese, ontem consegui finalmente vencer a preguiça: um a um, os artigos foram sendo acrescentados, a respectiva cópia em PDF impressa, arquivada e o ficheiro gravado na respectiva pasta. Têm um artigo? Dêem-me que eu arquivo.

a espécie não interessa

Mas é gambuzinos que se diz, certo?

Monday, February 25, 2008

diz que andam pelo west end

A Roz é até à data a única escocesa a ler este blog, na sua aventura de aprender português. Nada melhor para começar, não? Ela é também a minha fonte no mundo dos gigs de Glasgow e assegurou-me que estes meninos são presença certa na noite de Glasgow. Qualquer dia ainda os encontro para um copito e aproveito para agradecer a viagem aos pirilampos de Belfast.


e o óscar vai para

Tenho sempre a impressão que os Óscares premeiam as pessegadas, desde o "Titanic" ao "Expiação".
Este ano foi diferente, tratou-se da escolha difícil entre filmes excelentes. Para mim o "Haverá sangue" teria ganho o Óscar de Melhor Filme, mas devo admitir que não ficou mal entregue aos Irmão Coen. Se não tivesse passado meio filme com os olhos entreabertos e o coração nas mãos e no olhar (na ausência dele) de Javier Barden, teria certamente gostado mais do filme. Mas a ideia era mesmo essa, eu é que tenho o coração fraco. De resto, Daniel Day-Lewis, genial, brilhante, genial, brilhante, mereceu e bateu por quilómetros a concorrência. "Falsificadores" foi o melhor filme estrangeiro - gostei muito, mas da lista foi o único que vi e por isso não tenho maneira de comparar. "Falling slowly", a melhor música de um filme que adorei, mas que não deve ser visto por cínicos no que se refere aos assuntos do coração.
Só vos posso dizer que passei grande parte do tempo destas duas últimas semanas no cinema e que me sinto já a ressacar depois de ver tantos filmes bons. Sinceramente não sei o que vou fazer depois disto.

Saturday, February 23, 2008

Friday, February 22, 2008

foi porreiro, pá!

The Funeral



First song



The great salt lake



No one's gonna love you



Band of Horses, ABC, Glasgow

Thursday, February 21, 2008

corram que ainda se acabam

Estarei roidinha de inveja!
The National, 11 de Maio, Aula Magna

pequeno-almoço congelado

Ontem e hoje o bom e velho tempo escocês que aprendi a odiar, do fundo da minha alma, voltou. A chuva e o vento do inferno deram cabo do meu guarda-chuva, na sua viagem inaugural, pobre coitado. E de mim, porque se vem uma rajada mais forte era uma vez uma joaninha. Nestas duas semanas o sol brilhou, embora estivesse um frio de morrer, de tal maneira que o pequeno-almoço que tomei, por duas vezes, ficou congelado na minha barriga. Só com chá quente é que a coisa se compôs. A teoria é a seguinte: o sangue abandona o estômago para ir aquecer a periferia do meu corpo, deixando a barriga sem ter com que se aquecer e a digestão irremediavelmente parada. A sensação que se experimenta é a de se ter engolido um bolo inteiro. Com o poder calorífico do chá reestabelece-se o fluxo sanguíneo, tudo volta a normalidade e deixo a minha marca na ciência, mesmo que não faça mais nada na vida.

sombra do vento

Só o facto de ter que dormir me impediu de ler as últimas 200 páginas de uma assentada. Mas o sono ganha-me sempre, mesmo quando tento juntar forças para ler só mais uma linha... só mais uma linha...

A história passa-se em Barcelona e fala da paixão de um rapaz por um livro e como isso, em última análise, transformou a sua vida para sempre. As personagens no livro transferem-se para a realidade e desta de novo para o livro - como se estivessem vivas. Certamente estão.

Um livro que fala de forma tão bela da relação apaixonada que alguém pode ter com um livro não pode ser esquecido. Porque também disso se fala aqui: das sombras que o esquecimento deixa nas coisas e nas pessoas.

O cenário é Barcelona, cidade que sempre quis conhecer e que visitei na primeira viagem que fiz com a minha irmã e com o meu pai. Só este facto faz desta cidade algo especial. Mas dificilmente a realidade ganha aos sonhos - é uma cidade belíssima, mas não me apaixonei por ela. Neste livro conheci outra Barcelona, mais escura e a curar das cicatrizes do pós-guerra, o cenário que assenta bem nos personagens e nas vidas que a habitam. Hoje estou pouco inspirada, mas leiam o livro, mesmo que as minhas palavras não lhe tenham feito justiça.

Monday, February 18, 2008

fim de semana de quase tudo

"Sonho de Cassandra", "Haverá sangue" e "Sweeney Todd". Limpei a casa, fui ao supermercado, fiz sopa e o almoço de segunda. Trabalhei uma manhã no laboratório. Linda menina.

scottish word of the week

midden,

n. rubbish heap, dunghill, mess, shambles

Sunday, February 17, 2008

o actor

A história até podia não prestar para nada. Daniel Day-Lewis, magnífico, carrega o filme às costas e faz dele um épico brilhante. Fiquei presa no seu olhar arrogante e frio, na sua voz, no seu passo cambaleante e na música que me fez lembrar o que senti quando ouvi aquela outra do filme "Olhos bem fechados" (quem não ficou preso no teclar daquele piano?). Dêem o Óscar ao senhor, que ele merece.

Friday, February 15, 2008

dia de são valentim


Chopin Piano Concerto No2
Ravel Boléro
Prokofiev Cinderela
Tchaikovsky Bela Adormecida
Tchaikovsky Lago dos Cisnes
Rota tema do filme "Romeu e Julieta"
Barry tema do fime "África minha"
Jarre tema do filme "Dr. Jivago"
Mancini ‘Moon River’ do filme "Breakfast at Tiffany’s"

na terra dos sonhos podes ser quem tu quiseres, ninguém te leva a mal.

Aqui no planeta Terra, a conversa é diferente. O nosso PM está convencido que se disser muitas vezes a mesma coisa, passará a ser verdade. Pois no jogo de associar uma pessoa a um desenho animado, aposto que Sócrates se parece com o

segundo ataque de pânico

A minha semana aproximou-se perigosamente do desastre completo quando fui medir a absorvância do DNA que andei a produzir e pensei, por muitos e dolorosos minutos, que tinha purificado água pura e cristalina. Para os pobres mortais que têm a sorte de não trabalhar com coisas invisíveis, digo-vos que este processo demora eternidades e dói no profundo da alma quando alguma coisa corre mal - são horas, dias, para o lixo. E o orgulho também. Se um processo estabelecido corre mal, que acontecerá com o resto? É a fundação da confiança do nosso trabalho que fica posta em causa, se é que me consigo explicar.
Afinal tratou-se de um erro estúpido: estava a pôr a cuvete no espectofotometro mal, o feixe de luz não tinha por onde passar, o que conduzia invariavelmente a um resultado negativo - vezes e vezes sem conta. Farta de praguejar contra a minha má sorte, tanto em inglês como em português, vi o erro que estava a fazer e perguntei a mim mesmo se vou longe neste doutoramento com este cérebro de galinha.
O que é certo é que de ataque em ataque de pânico já se passaram quase duas semanas desde que cheguei. Sobreviverei a isto tudo? Pois claro. Sem dúvidas.

uma saia cor de rosa às bolinhas e uma bola de espelhos gigante III

uma saia cor de rosa às bolinhas e uma bola de espelhos gigante II




PS. Obrigada ao Luís pela foto e video reportagem!

Wednesday, February 13, 2008

o escafandro e a borboleta

Há vida nos mais remotos sítios do nosso planeta, desde as fontes hidrotermais a 11 mil metros de profundidade ao deserto gelado do Antárctico e Árctico. O "Escafandro e a Borboleta" é a história dessa mesma vida impossível, encontrada na imaginação de um homem que, depois de um AVC que o deixa incapaz de andar e falar, comunica com o exterior através do piscar de um olho, o último músculo que consegue ainda controlar.

Para quem não se importa de ir para o cinema chorar, é um filme que vale a pena ver. Quando o vi, senti-me de facto emersa num caixão de água, como um mergulhador, conseguindo vislumbrar a luz e a vida desfocada e à distância.

A ir ver este filme não é para ir contemplar o sofrimento de um homem (isso seria fácil e gratuito), mas para vê-lo sair da prisão em que a sua vida de transformou através do pensamento, com humor e alegria.

Não acho que a vida valha só por si mesma, sem que dela se consiga tirar prazer. É sobretudo por isso que defendo a eutanásia, por entender que o prolongamento da vida deve ser resultante de uma decisão e não de uma imposição moral. Apesar de saber que a vida encontra maneira de se reinventar a cada passo.

Tuesday, February 12, 2008

extensões do pensamento

No domingo fui matar as saudades da Floop e ver as pechinchas que estavam à venda. Mal entrei na loja começaram a passar o Boxer, dos The National (acho que deste a paixão assolapada pelo SG há 500 mil anos atrás que não fala tanto num grupo) - estou a ser perseguida por este cd há coisa de um mês. Esbocei um sorriso ao pensar nas coincidências e no maravilhoso que é encontrar manifestações externas, concretas e palpáveis, dos nossos pensamentos.

outros filmes

Ontem saí do laboratório por volta das seis e lá fora estava um nevoeiro de meter medo. Imaginei-me uma actriz de um filme de terror, que é perseguida por criaturas duvidosas por entre a floresta e mato escoceses. Também me vi parte de um documentário sobre vida selvagem assassina - "o ataque de um veado em pleno coração de Glasgow deixa jovem cientista cheia de nódoas negras".

Monday, February 11, 2008

scientist for a better PCR

The PCR Song

There was a time when to amplify DNA,
You had to grow tons and tons of tiny cells.
Then along came a guy named Dr. Kary Mullis,
Said you can amplify in vitro just as well.
Just mix your template with a buffer and some primers,
Nucleotides and polymerases, too.
Denaturing, annealing, and extending.
Well it's amazing what heating and cooling and heating will do.
PCR, when you need to detect mutations.
PCR, when you need to recombine.
PCR, when you need to find out who the daddy is.
PCR, when you need to solve a crime.
(repeat chorus)

assim é difícil

É difícil fazer o alinhamento de um concerto quando se é dura de ouvido. Por isso ignorem aquela parte em que eu disse que cantei em coro com o RH, pois devia ter dito que cantei, sim senhor, a acompanhá-lo, pois então, mas cantando uma música com uma letra completamente diferente.
Por exemplo, na música "Born under a bad sign" eu ouvia "For the hundred last time". Os lalalalalas do último concerto, assim sendo (e depois de ouvir o álbum Coles corner"), seriam:

Coles corner
Just like the rain
Born under a bad sign

uma saia rosa às bolinhas e uma bola de espelhos gigante

Nem a bola de espelhos, imensa, faltou desta vez. A banda lá estava, o senhor de fato com sorriso terno de cada vez que terminava uma música também, e, uma vez mais, transportei-me no espaço e no tempo a ouvir aquelas músicas. Lá para os anos 60 ou 70, quem sabe, onde as meninas usavam saias rodadas e às bolinhas e dançavam aqueles mesmos ritmos.
Segunda vez que ouvi as mesmas músicas, o que me permitiu cantá-las em coro e reparar em pormenores que me escaparam da primeira vez. O senhor tem um sorriso bonito e estou convencida que o estilo de bad boy é apenas um disfarce - está ali alguém com um coração de manteiga, juro. E alguém que prefere passar o dia a ver o museu da marinha e beber copos com a quase extinta classe trabalhadora dos antigos estaleiros de Glasgow e Sheffield. É preciso dizer mais? O senhor além de cantar bem, pensa e tem o coração do lado justo?
Momentos chave do concerto? Talvez quando ele cantou "Coles corner", "I'm looking for someone to find me" ou a Lady's bridge". É difícil escolher.
Como não gostar, senão adorar, Richard Hawley? Tarefa impossível: é só ouvir aqueles poemas maravilhosos e escutar atentamente aquela voz.

Friday, February 8, 2008

planos, planos, o importante é ter um

Gosto muito de traçar metas e fazer planos de trabalho. A minha capacidade organizativa está aparentemente restricta a questões relacionadas com o trabalho (estendidas na Escócia à concepção e acondicionamento de comida em tupperwares), pois tudo o resto na minha vida é caótico. O plano para este ano está traçado e, apesar de ser assustador, é a única coisa que me dá a segurança de saber o que fazer e quando. E é certamente este plano, feito de dez meses e não sei quantas horas, que me impede de entrar em pânico, mesmo que tenha que ser alterado de A a Z.

morangos de sabrosa II

Lá estavam eles, uma vez mais e um ano passado, como se existissem só para me fazer sorrir.
Vista do Douro (Pinhão)

Thursday, February 7, 2008

a barriguinha cheia de concertos também ajuda




primeiro ataque de pânico, agora já serenado

Plano de trabalho definido até Novembro de 2008, calendário preenchido com quatro cores diferentes a marcar os dias ocupados a lidar com os meus ratinhos. É tanta a cor que quase fiquei ceguinha... demorei quase dois dias a recompôr-me do susto. Mas a consciência de que o que tem que ser tem muita força sobrepôs-se à vontade de fugir para a casa a chorar e cá estou eu, de mangas arregaçadas, pronta a enfrentar aquele que promete ser um ano de muito trabalho. E de muitos resultados, espera-se.
Mas não foi fácil combater o pânico que ameaçava esmagar-me. Teve o meu pai que me dizer que eu nunca tive medo de trabalhar e perguntar-me se quero ou não fazer o doutoramento para eu me convencer a parar com as lamúrias (tal como fez quando eu passava a vida a chorar, no primeiro ano de Universidade, e ele me perguntava se eu queria voltar para Estremoz e ficar olhar para o balão, como diria a minha avó Zé).
Vencido o pânico, tomei duas importantes resoluções:
1. Comprei o primeiro bilhete de ida para Lisboa (3-7 Abril), mais se seguirão.
2. Nunca mais trabalhar com ratos, quanto muito células e de preferência bactérias, que são pouco exigentes;

Tuesday, February 5, 2008

do aquecimento global II

Parece que a Primavera chegou mais cedo, a acreditar em cientistas britânicos que afirmam que certas flores e árvores estão a florescer com um mês de antecedência. Pena é que o meu organismo não se convence disso e ignora arrogantemente essa realidade científica feita de estatísticas e rebentos verdes. É pelo facto do meu organismo estupidamente não perceber que, apesar de estar a chover copiosamente, apesar de estarem uns estonteantes 7ºC e apesar da Primavera para todos os efeitos ter chegado, que tive que dormir com o meu polar de embarcada por cima do meu pijama. Dormi assim quentinha quentinha.

por aqui não há carnaval

Hoje é o dia de comer panquecas e aproveitar os restos de farinha e açúcar que estejam esquecidos em casa. E assim foi, a tea room hoje tinha cheiro a bolos caseiros a acompanhar o chá. Quando perguntei se o dia das panquecas tinha uma data certa e me responderam que é sempre na terça-feira anterior ao dia de cinzas é que percebi que o Carnaval, por estes lados, tem uma forma redonda e é coberto com doce. Nada de samba ou matrafonas.

scottish word of the week (ou mais uma potencial plaquinha)

Dwan: daydream; a stupor; a swoon;

Monday, February 4, 2008

de volta à escócia

Eis-me de volta. Confesso que já chorei um bocadinho, mas tenho a certeza que as lágrimas desta vez vão correr durante menos tempo. A mala, a tal que custou um preço obsceno, estava à minha espera e inteira (imaginem) - só pode ser sinal que as coisas vão correr melhor desta vez.
Novo laboratório, com espaço novo de bancada, pronta a estrear. E uma calorosa recepção no laboratório, mesmo de quem não me conhecia. Imaginem, disseram-me "tu é que és a rapariga dos bolos, já ouvi falar de ti".
Concertos para ir e cinema para pôr em dia. É nisto que tenho que pensar quando as saudades apertarem.

Saturday, February 2, 2008

cresce, cresce

É verdade, na Primavera vamos ter túlipas!

Friday, February 1, 2008

crónicas do sul

"Hoje, ser anti-imperialista é uma necessidade de sobrevivência".
Luis Sepúlveda

we’re half-awake in a fake empire

Não se pode estar mais em cima do muro. Nem assobiar para o lado e fingir que nada se passa. Hoje mais cem mortos se juntam ao milhão de iraquianos já mortos desde a ocupação dos EUA e aliados. Neste conflito, de que lado estás?

só mais uma e um pedido

Toda a gente vai a Glasgow. Desde que os The National também vão.



Fake empire, The National

slow show



slow show, the national

todos os filmes

É aproveitar, que a silly season ainda tarda. Felizmente.





última apresentação sem xanax

Acabou-se. Não faço outra apresentação sem estar devidamente drogada. O meio frasco de valerianas foi tão útil como um copo cheio de água. Não dormi bem nas duas últimas noites antes da apresentação e acordei no dia com vontade de fugir e de desistir do doutoramento. Quanto mais apresentações faço pior me sinto. Não fui feita para falar, acreditem.

saudades do futuro

Saudades do futuro é dos melhores sentimentos que se pode ter - sinónimo de esperança no que o dia de amanhã pode trazer. Gosto desta expressão (já feita em música), só na aparência contraditória. Ter saudades é um sentimento forte, talvez um dos maiores que podemos experimentar, e que nos preenche em tantos dias. Ter saudades do futuro assume dimensões maiores do que a vida.

bandas sonoras da vida

Acho que todas as pessoas que gostam de música e que passam parte do dia a ouvi-la não deixam de associar fases da vida a albúns e a canções, mas também a estados de alma. Há músicas que me recordam instantaneamente episódios que já vivi, nítidos e com cores vivas. Músicas que me deixam triste e melancólica ou com energia para começar um dia novo e a tornar verdadeiras decisões tomadas.
P.S. Obrigada aos senhores dos The National e ao senhor Beirut pela companhia nesta última semana e meia. No último slide da apresentação faltou esta referência, logo a seguir à FCT. Ou antes, talvez.