Thursday, December 25, 2008

e por falar em discursos infelizes

Sua Eminência o Papa, de entre todos os flagelos que atingem a humanidade, a guerra, a fome, a ignorância, a pobreza, a degradação ambiental, entendeu por bem destacar os perigos da homossexualidade. Estamos com certeza perante mais um contributo valioso da Igreja Católica para o mundo - pode ser que daqui a 200 anos peçam desculpa.

o que se dispensava no Natal

1. o discurso do Sr. Primeiro Ministro, com o seu ar natalício/esperançoso/é ano de eleições e vamos ver se conseguimos esticar isto para mais um mandato. Depois vem o ano novo e o discurso do Sr. Presidente, igualmente piegas, mostrando preocupação com o rumo do país e com palavras de encorajamento contra a adversidade;
2. as histórias de pobrezinhos e aflitos, que preenchem mais de metade do telejornal. Como que por milagre, a pobreza desaparece depois do ano novo;
3. os filmes bíblicos;
4. os encontrões e enchentes nos centro comerciais;
5. as mensagens de boas festas para o telemóvel.

o natal foi preto e verde

As ideias para este Natal foram extraordinárias - a este ritmo não sei como será para o ano que vem, comecem-se já a preparar (eu já tenho uma ideia a germinar). Peças de teatro, livros, cadernos de notas com capa feita à medida, presentes solidários, romances de cordel, malas catitas, paninhos rendados, tudo embrulhado a verde e preto. Até sobraram, contra todas as expectativas, meia dúzia de cogumelos. Estavam muito bons, como de costume, mas a comida era muita e havia que pensar em arranjar espaço para o arroz doce e bolo de cenoura que tínhamos à espera no final. Foi um Natal delicioso, quente e cheio de riso. Mal posso esperar pelo próximo.


A árvore
Os embrulhos

As prendas da Marta
As minhas prendas

A prenda da Sara

Wednesday, December 24, 2008

plano culinário estratégico

Frango assado, sopa de cação, migas e ensopado, bacalhau. Café, pão. Amanhã há cabrito. A minha barriga há muito tempo que não estava tão feliz.

o jantar de biólogos

Sabemos que estamos perante amigos quando as conversas e o riso surgem sem qualquer esforço. Somos amigos há mais de dez anos, crescemos juntos e as saudades eram já apertadas. Continuamos com o mesmo humor simples e de sítios diferentes vemo-nos com o carinho de sempre.

a viagem

Comprei o bilhete de avião em Setembro, pensava eu que ainda a tempo de arranjar um bilhete mais em conta. Mais baratinho foi, de facto, mas tive que passar a noite no aeroporto de Luton. Até à meia-noite não foi muito mau, ainda tinha bateria no computador e entretive-me a ver um filme. Depois lá consegui adormecer, enroscada numa cadeira, com o cachecol enrolado à volta dos olhos para me proteger da luz. Dormi até à uma da manhã porque acordei com o alarme de incêndios do aeroporto. E lá foi aquela gente toda que estava a dormir para a rua, bater os dentes com frio por mais de meia hora, tempo para os bombeiros virem, inspeccionarem e reinspeccionarem as instalações e verificarem que não havia fogo ou problema algum. Estão os meus caros amigos recordados que esta é já a minha segunda evacuação de um aeroporto e, se a isto somarmos as estações de comboios, já vou em três num espaço de um ano. O cosmos está a tentar dizer-me algo, bem sei. Razão tem o Fernando em dizer que eu devia ter lançado, no âmbito das comemorações dos 30, um best of com as minha melhores histórias. E são muitas.

o último fôlego

Este mês de Dezembro foi de pouca escrita, imposição minha, necessária para o cumprir das metas a que me tinha proposto antes das tão desejadas férias de Natal. Muitos PCRs fiz, géis, e muitas bandas a brilhar nas fotografias do caderno de laboratório, que é o que se quer. Com os relatórios prontos antes do embarque, enfim, voei para Lisboa com a sensação de dever cumprido. Mais ou menos, que ainda faltava uma apresentação no departamento do IST, para a qual fiz uns bonequinhos novos para disfarçar a falta de treino. Mas lá foi, com a voz a tremer como de costume, mas sem muito sofrimento prévio. Tempo também de fazer o balanço deste ano com os chefes e a garantia que vou ter muito trabalho em 2009, mas a seu tempo falarei disso, em Janeiro, que o Natal não é tempo de se terem conversas sérias.

(quite) impressive

O último concerto que vi em 2008 foi executado de forma sublime pela Orquestra da Escócia, que interpretou a Danação de Fausto, de Berlioz, acompanhada por um coro de escoceses afinados. E eram muitos, a música era muito boa, daquelas que arrepia. Verdadeiramente impressive, que é daqueles adjectivos que caem sempre bem em qualquer conversa, ao estilo do nosso "interessante". Das palavras em inglês falado, há outras tantas que uso frequentemente: "damn" ou "bloody" são das minhas preferidas (damn work, bloody weather). E já que me estou sempre a queixar, mais vale que o faça com pinta.

Monday, December 15, 2008

Monday, December 8, 2008

Tuesday, December 2, 2008

o desafio agora é

Chegar ao laboratório sem uma perna partida.