Mandar postais é uma coisa muito britânica. Há postais para tudo e quem os escreve fá-lo porque isso tem significado e importância, quase como se o acto de ir ao correiro acrescentasse algo. Recebi um esta semana da mãe da Vicky, uma amiga que fiz por cá e que recentemente emigrou para o Canadá. Ela passou uma noite em Glasgow aquando do regresso a casa para umas curtas férias, uma boa desculpa para fazer um jantar lá em casa e juntar a família dela ao nosso grupo de amigos. O postal trazia palavras amigas, falava do quanto os pais da Vicky tinham gostado de lá estar aquela noite, e de como há amizades que duram uma vida inteira.
Tuesday, June 30, 2009
Sunday, June 28, 2009
scottish word of the week
dainty (small and graceful): pequena e graciosa
Foi o que me chamaram no outro dia, quando me ajudavam a entrar para o barco. Sorri, sem saber muito bem o que responder porque não conhecia a palavra. Pequena sou, é verdade, graciosa não sou certamente.
banho de imersão não é para todos
Ontem fui comprar uma prenda para uma amiga minha, numa daquelas lojas que vende coisas para banhos, géis, sabões coloridos e afins. Em cinco minutos tinha a compra feita, graças à maravilha que são os conjuntos preparados, óptimos para quem, como eu, não tem paciência para andar a escolher. Inspirada pelas promessas de tranquilidade que um banho de imersão pode trazer, quando cheguei a casa e antes de jantar, enchi a banheira e meti-me lá dentro. Não resultou, em 10 minutos já estava de saída.
este está assim-assim, este também, este escapa
No outro dia resolvi fazer bolinhos de bacalhau. Foi um desastre, metade ficou no óleo e a outra metade colou-se em fiapos aos últimos bolinhos que fritei. Ficaram oleosos e pequeninos de meter dó, mas lá foram, um a um, pois a fome, embora seja de três dias, é também negra (lembrei-me logo de uma história com umas favas que o meu avô contava).
palavras de incentivo
A rapariga que nos treina marca as remadas com um alegre "squeeze those buttocks, squezze, squezze, squezze", que me faz sempre rir.
em vez de pensar em criar o meu emprego em Portugal
Fui ao remo. Ontem foi a vez de tentar o barco de oito. Neste tínhamos apenas um remo, mas não pensem que isso torna a tarefa mais fácil. Especialmente porque eu sou uma trinca-espinhas que se cansa em meio segundo. Perdi o ritmo, largei o remo, voei e quase que fui parar ao colo do que estava sentado atrás de mim. Mas ainda não foi desta que provei a água do loch.
seria cómico se não fosse trágico
Questionado sobre o que está o governo a fazer para acolher os milhares de doutorados e investigadores que actualmente estão noutros países, o ministro inverteu a pergunta: "O que querem as pessoas qualificadas fazer em Portugal e o que querem fazer para criar e melhorar as suas oportunidades".
Também Marçal Grilo, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, apelou ao espírito empreendedor dos doutorados e investigadores portugueses no estrangeiro. Aludindo a um famoso discurso do presidente norte-americano John F. Kennnedy, Marçal Grilo incitou a audiência a interrogar-se sobre "o que é que querem fazer pelo país".
in Público online
Wednesday, June 3, 2009
as aventuras do remo
Nas duas últimas aulas andei num barco de quatro lugares, eu e mais três matulonas, uma alemã e três escocesas, que remam muito e depressa. Não há direito que eu, pequenina e atrapalhada, tenha que partilhar o barco com aquelas raparigas. Saí das aulas em cacos, é o que vos digo, e com vontade de exigir um barco só para mim.
verão escocês
Cinco dias consecutivos de céu azul, quentes, sem chuva. Os quase inéditos 27 graus levaram muitos aos parques e é vê-los todos vermelhinhos, escaldados de tanto apanharem sol. Eu não sou excepção, e quando posso dou um salto ao rio e deito-me na relva, a ouvir a água passar, envolvida por este cobertor de sol e luz.
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