este blog mais parece um cartaz de cinema

Na passada quinta-feira começou o 31o Festival de Cinema de Cambridge. O ambiente no café do Arts Picture House parece de festa e são muitos os filmes que vão ser exibidos durante 10 dias. Conversa com os actores, realizadores e escritores vão preencher o intervalo entre as sessões. Um mimo. Hoje fui ver o primeiro dos cinco filmes que escolhi - dei preferência aos documentários e prioridade a filmes mais improváveis. Aqui fica um cheirinho do que me espera.

o estranho, o engraçado, o belo

música de outono, que deixa o coração quentinho

hoje, mais do que nunca, é preciso lembrar

"A nuvem de estorninhos não cessa de se enovelar e subir, de despenhar-se e fugir. Os estorninhos juntam-se para se defenderem do milhano que os espreita; já sabem que se dispersarem as garras não os poupam. Assim, em multidão o perigo afasta-se.

Os estorninhos ensinam os homens – os homens teimam ainda em não compreender a lição."

in Gaibéus, Alves Redol

catching up

Na sexta foi Natal cá em casa. Recebi os cds do Bon Iver e dos Okkervil River e comprei dois filmes que não vi há dois anos atrás: An Education e Crazy Heart. Depois de uma tarde a fingir que sou canalizadora (e ter deixado os canos da cozinha em pior estado do que aquele em que estavam inicialmente), soube mesmo bem vê-los. Filmes com argumentos bem pensados e com excelentes actores - assim dá gosto.

mar impossível

Na neve mais pura escrevo
As saudades do meu mar:
Tenho saudades da areia
Branca de neve ao luar.

Tenho saudades do vento
Que sopra breve, indeciso,
Leve como um pensamento
Do céu azul, calmo e liso.

Tenho saudades das ondas,
Das conchas e das sereias.
Aqui as ondas são poucas
E vivem paredes meias

No coração com a saudade
De não ver o mar sem fim.

Camané, do albúm Sempre de mim

assim anda o meu país 2

Desde há anos que vamos para o Algarve em Agosto, eu, a minha irmã, o meu primo e tios, o meu pai, as minhas avós. Este ano encontrei o mercado tranquilo, as ruas pareciam pintadas de Setembro. Nas cadeiras vazias dos cafés senta-se o desemprego e a incerteza. Mas não faltará gente que diga que as pessoas precisam de aprender a viver de maneira diferente. Não faltam palavras ocas como aquelas de Cavaco, cinicamente a lamentar-se que as pessoas estão a chegar ao limite do que podem sacrificar. Não estou aqui a falar de sacrificar férias - melhor seria - mas sim do país que nunca foi de férias.

assim anda o meu país

Converso com amigos, com a minha família. O universo não é representativo - falo maioritariamente com pessoas que não votaram nesta gente que nos governa ou governou. Gostávamos que a nossa vida fosse outra. Mudamos de canal quando vemos aqueles sorrisos, tão distantes da verdade. Tantas vezes fugimos, fingimos não ver. Continuamos com o nosso quotidiano. Vivemos uma revolta surda.

resta-nos a música

Boas notícias e se delas tanto precisamos. 2011 traz-nos de novo (e quantas saudades tínhamos) Sérgio Godinho, Chico Buarque e Fausto - dificilmente poderíamos pedir ou esperar mais.

muito, muito giro

arrietty, a menina que brinca com bichinhos-da-conta

se o livro de setembro for assim, desisto

História de dois irmãos. O mais novo morre, mas os dois continuam a encontrar-se (fantasma um, de carne e osso o outro) para jogar basebol. Um belo dia, Charlie (aquele que pode falar com espíritos) encontra uma bela rapariga no cemitério e apaixona-se perdidamente por ela. O amor é correspondido, claro. Azar dos azares, a rapariga encontra-se entre a vida e a morte - e é assim que o nosso herói se debate por encontrar o seu corpo e trazê-lo de volta à vida. Charlie lá encontra a moça, azul de tanto esperar. Coma, flores, música e conversas comoventes à mesa-de-cabeceira da bela adormecida. A rapariga acorda, casa com o seu bem-amado e têm dois filhos. O irmão passa para o outro lado (=eternidade). Final feliz. Muito feliz.

livro do mês de agosto - história da carochinha

post-scriptum

É claro que também fiquei muito contente! Bolas, se fiquei.

1o aniversário

Esqueci-me completamente de assinalar o 1o aniversário do meu doutoramento! Há um ano atrás, no dia 27 de Julho, terminava uma fase importantíssima da minha vida. Senti muita angústia nos dias e semanas que se seguiram, estava extremamente cansada e confusa. Um ano depois as coisas acalmaram - agora o desafio é fazer de Cambridge a cidade onde vivo e não tão somente a cidade onde trabalho.

uma comédia, amarga, mas que vale mesmo a pena ver

Há muitos diálogos neste filme que merecem registo, mas um em particular ficou-me na memória. O filho tenta convencer o pai, diagnosticado com cancro estádio 4, a contar a todos os que o rodeiam da seriedade da sua situação. Diz ele, às tantas, pai, não há estádio 5. Não sejas pateta, diz o pai, estádio 4 significa apenas que já passei por 3.

é preciso falar da morte

Uma excelente reportagem de Manuel Vilas-Boas sobre lutos e perdas.

"Os dias do luto: faces de uma etapa inevitável" merece ser ouvido atentamente. Aqui fica o link.

cruzei a meta a sentir-me uma mini-rosa mota

Foi um dia mesmo giro. Emotivo. E nem o facto de ter chegado ao final molhada que nem um pinto me tirou o sorriso de vitória dos lábios. Foi verdadeiramente heróico!

contagens

3 semanas para a visita da Marta e do meu pai, 4 para ver o mar e encher a barriga de carapaus, sardinhas, bolas de berlim e sestas.

maria rita

És pequenina e tens as orelhinhas mais perfeitinhas deste mundo porque foi assim que a tua mãe te imaginou e sonhou. És pequenina e tudo é ainda novo e estranho. Tens a face rosada e o mundo lá fora é tão grande. Vais chorar e rir. Mas sabes uma coisa? Já conheço os teus pais há muitos anos, há quase 16, imagina. E por isso sei que dificilmente poderias ter tido mais sorte. Vais crescer e aprender que a vida só vale a pena se a olharmos de frente, com coragem, honestidade e determinação. És pequenina, feita de meiguice e futuro. Queres que te conte um segredo? Já gosto muito de ti.

obviamente amanhã vai chover

Estava um sol radioso quanto me inscrevi na corrida e a Primavera não raras vezes tem espreitado por aqui. É claro que estas definições têm que ser reajustadas e são muito dependentes da localização geográfica. Estou convencida que Julho e Agosto são os meses mais chuvosos. Ainda agora, enquanto escrevo estas linhas, cai uma verdadeira carga de água lá fora e é muito provável que amanhã vá apanhar uma molha. Isto não é tempo para corridas, mas perfeito para um cházinho e uns biscoitos. Feliz lembrança, vou deixar de molengar e pôr água a ferver.

magnífico

readers of the round table

É assim que se chama o grupo de leitura a que me vou juntar. Reúne-se na biblioteca central de Cambridge na terceira quarta-feira de cada mês e o livro do mês de Julho é a Vida de Pi, do Yann Martel. Acho que vai ser uma experiência bem gira esta a de falar sobre livros com gente complemente estranha. Quanto tempo passará até eu começar a falar-lhes do Saramago?

?

kafta à beira mar

"- Mas, senhor Hoshino, por estes dias Nakata teve muitos sonhos. E nesses sonhos, vá lá saber-se porquê, Nakata sabe ler. Não é tão burro como agora. Anda feliz da vida, vai à biblioteca e farta-se de ler livros. E começa a pensar como seria maravilhoso se conseguisse ler. E ele está para ali a devorar um livro atrás do outro, mas é então que as luzes se apagam e fica escuro. Alguém desligou a luz. E ele não vê nada. E deixa de poder ler. E é nessa altura que Nakata acorda. Nem que seja pelo tempo de um sonho, sabe maravilhosamente bem saber ler."

Kafta à beira-mar, Haruki Murakami

*

PS- Demorei muito, desta vez, a encontrar a minha frase preferida. Na verdade, não gostei muito deste livro - nem da forma como foi escrito, nem tão pouco da história. Mas aqui fica o registo a incluir na lista de leituras 2011.

muito de vez em quando vejo uma comédia

Atenção (e em minha defesa), o filme não é tonto, ou melhor, é tonto qb e até acerta aqui e ali.

as últimas idas ao cinema

Narrativas densas, contadas sem pressa, sem enfeites ou subterfúgios, tristes, muito tristes - como recompensa fica apenas o facto de se ter visto um bom filme. No fim, fica só uma dor de alma.

e se fossem todos dar uma curva ao bilhar grande

foi bonito, mas faltou o aconchego de uma sala pequenina

1. The Cascades
2. Grown Ocean
3. Drops In The River
4. Battery Kinzie
5. Bedouin Dress
6. Sim Sala Bim
7. Mykonos
8. Your Protector
9. Tiger Mountain Peasant Song
10. White Winter Hymnal
11. Ragged Wood
12. Lorelai
13. Montezuma
14. He Doesn't Know Why
15. The Shrine/An Argument
16. Blue Spotted Tail
17. Blue Ridge Mountains
Encore:
18. Oliver James
19. Helplessness Blues

Edimburgo, Corn Exchange, 29 de Junho 2011

mini-férias

O pretexto desta vez foi ver os Fleet Foxes, aproveitar o regresso do Steven a Glasgow, e matar saudades dos colegas e amigos que deixei na Escola de Veterinária. Amanhã voo para Edimburgo, do aeroporto irei a correr para o concerto, para depois rumar ao Hotel Roz ao final da noite.

Ando há mais de uma semana a esperar pelo dia de amanhã.

servidão humana - a procura do sentido da vida

Ai se eu tivesse lido este livro aos 17, logo depois da Aparição e de me ter cruzado com Satre... O tempo que eu perdi, sentada no quarto do meu pai, enquanto descansava os olhos dos livros e os pousava no grande plátano que se via da janela. Tanto que pensei no sentido da vida, no que queria dela, na morte e na existência, no vazio, no universo.

servidão humana (finalmente)

"Ansiava por vê-los. Possuíam uma qualidade que não se lembrava de ter notado antes nas pessoas, que era a bondade."

in Servidão Humana, Somerset Maugham

potiche, uma comédia a sério

Catherine Deneuve é Potiche, uma mulher da burguesia francesa dos anos 70 que assume um papel contrário ao que dela se espera. Esta é uma comédia inteligente que me fez rir, muito - adorei a decoração (o telefone forrado a veludo-verde escuro é uma delícia) e todos os clichés - os trabalhadores, o membro do PCF, o dono da fábrica reaccionário, aquela família.

vai ser tão, tão bonito

I was old news to you, then

Old news, old news to you then

You, you were like glue

Holding each of us together.

I slept through July

While you made lines in the heather.

Lorelai, Fleet Foxes

as letras, são sempre as letras 2

I was raised up believing

I was somehow unique

Like a snowflake, distinct among

Snowflakes, unique in each way

You'd conceive.

And now after some thinking

I'd say I'd rather be

A functioning cog in some great

Machinery, serving somebody beyond me

But I don't, I don't know what

That will be!

Helplessness Blues, Fleet Foxes

fazes-nos falta, temos saudades tuas

"Eu não sou um exemplo do que é viver neste mundo. Sou um privilegiado. Mas não posso estar contente. O mundo é um inferno. Mas não vale a pena ameaçarem-nos com outro inferno porque já estamos nele. A questão é saber como é que saímos dele."

José Saramago

ontem recebi um presente

Não veio embrulhado, não cheirava a perfume. Não tinha peso, nem consistência. Não tinha forma, não lhe podia adivinhar os contornos. Não se podia ver numa qualquer montra, nem tão pouco percorrer com os dedos num catálogo. Mas este presente não era feito de ar - era feito sim de palavras e carinho.

mal posso esperar

pode alguém ser quem não é - II

A resposta é um categórico não. Hoje esqueci-me pela enésima vez do cartão da empresa - ficou a fazer companhia ao cartão de débito, que me fez falta quando quis levantar dinheiro. Cheguei a casa e fiquei contente quando o vi - pior que me ter esquecido do cartão era tê-lo perdido - e quantas vezes é que isso já me aconteceu? Voltei a sair de casa, para levantar dinheiro e comprar umas coisas para o jantar, and guess what? Ao menos apercebi-me que me tinha esquecido outra vez do cartão ainda na fila e assim evitei a vergonha de não ter nem uma libra para pagar as compras. Massa com atum é o que me espera esta noite, a ver se fico mais esperta.

alma

Há cidades obviamente bonitas. É impossível não gostar delas, é fácil deixarmo-nos encantar. Paris é assim, Edimburgo, Amsterdão. Outras vão-nos conquistando lentamente, sem repararmos. Basta tropeçarmos num café giro, uma ruela escondida, um mercado cheio de flores. Glasgow é assim - uma cidade industrial sem muita graça se não deambularmos pelo West End. Berlim não é uma cidade linda, mas tem certamente alma.

Copenhaga apanhou-me de surpresa. Não é imaculada como Estocolmo, tem qualquer coisa que não é nem palpável ou mensurável. Foi exactamente isso, isso que não consigo descrever, que me fez gostar dela. O porto é delicioso, a biblioteca da Universidade linda. Senti-me verdadeiramente emocionada no Museu Louisiana e privilegiada por ter apanhado uma exposição temporária dedicada ao Picasso. Para além de quadros do (honestamente posso afirmar isto) meu pintor preferido, estavam lá expostos jornais e posters de Congressos pela Paz, com as suas famosas pombas. O museu era ele mesmo uma obra de arte, à beira-mar, com jardins repletos de esculturas. Também gostei muito dos quadros de Asger Jorn, um pintor dinamarquês que desconhecia, e das esculturas de Giacometti.

Foi um fim-de-semana descontraído, sem grandes preocupações e sem olhar muito para o guia. Tempo para ver a final da Liga dos Campeões enquanto bebericávamos uma Carlsberg, para brincar na loja da Lego e matar saudades da infância. Tempo para sentir a cidade e espreitar-lhe a alma.

se pudesse mudaria o final

primeiro as fotografias, depois as palavras

contratada!

32 anos, boa rapariga, saí há quatro anos de Portugal à procura de novos horizontes, ensinamentos valiosos e alguma sorte. Hoje assinei o meu primeiro contrato sem termo: pode ler-se algures a palavra cientista. Estou muito, muito contente!

fada-do-lar

Fiz uma tarte de maçã e brownies de chocolate. Fui ao supermercado. Lavei a roupa, arrumei a casa. Caiu-me um cacto em cima e tive que tirar, um a um, os dolorosos espinhos - é assim a minha vida.

lá tenho eu que voltar à servidão humana

Já li 250 páginas, mas ainda faltam para aí umas 500 - por isso é que comecei a ler o outro livro, para desanuviar. Bem, deu no que deu. Agora só me resta ser perseverante, hei-de conseguir chegar ao final, e, com um bocadinho de sorte, o título não será o prenúncio de um final trágico. Logo vos contarei.

5km, 1 albúm?

Correr em silêncio já me começa a aborrecer - e haverá melhor companhia do que a voz rouca do Matt Berninger? Comecei a correr com o Terrible love e quando cheguei a casa escutava os últimos acordes do Runaway. Aposto que na próxima expedição consigo chegar ao Vanderlyle Crybaby Geeks.

as letras, são sempre as letras

You were beyond comprehension tonight

But I understood

Now if only I could

Hold time

Words have failed me tonight

But you knew what I meant

You heard what I said

The whole time

And I wrote this song about it

'cause I didn't care about any worthless photograph

I wrote this song just to remember

The endless, endless summer in your laugh

Hold Time, M. Ward

o que é feito dos finais felizes?

A minha irmã recomendou-me a leitura do Um Dia, livro de David Nicholls - é giro, escrito com humor, lê-se num instante, disse ela. O livro é de facto giro, ri-me a passos, mas a dada altura parece que me deram um murro no estômago. Eram 11 da noite e estava a chorar baba e ranho. Tive que pousar o livro, a ideia de continuar a ler era de certa forma insuportável. Voltei a tentar esta manhã, no autocarro a caminho do trabalho, mas as lágrimas voltaram a atacar. Raios, eu bem sei que sou uma torneira, mas não me lembro de ter chorado tanto a ler um livro.

Aviso aos incautos - não ignorem, como eu, críticas reveladoras como esta do The Times: "Um livro simplesmente maravilhoso: inteligente, divertido, perspicaz, comovente, muitas vezes insuportavelmente triste". Pois é.

um dia

"Prosseguiram em silêncio. Ali perto, a banda seguira para '1999', de Prince, ante a aclamação dos convidados.

- Quando ouvi esta canção pela primeira vez - disse Emma -, pensei que era ficção científica. '1999'. Carros que pairam no ar e comida em comprimido e férias na lua. Agora já cá está e eu ainda a conduzir a porra de um Fiat Panda. Nada mudou".

in Um dia, David Nicholls

espreitem

Criei o meu blog mesmo antes de me mudar para Glasgow, para ser mais fácil manter contacto com amigos e família. Cartas de amor e saudade em formato electrónico. Depois passou a ser quase uma terapia, como quando começamos a falar em voz alta para nos convencermos de algo. Aqui e ali escrevo sobre o meu país, sobre as coisas que me preocupam, alguns arranhões poéticos, desabafos e queixumes. Algumas tontices.

Esta é a génese e vida deste blog. Outros nascem da impaciência e desejo de mudança, de pessoas preocupadas e que querem pôr os outros a pensar.

Vão lá espreitar http://www.rumoaodesassossego.blogspot.com/

o puto lá conseguiu!

memorável

Aquele lugar, aquela noite, aquela música.

as velas, as luzinhas a iluminar os vitrais e ele, lá no meio, sozinho, a cantar

Chinese Translation

Eyes on the Prize

Requiem

One Hundred Million Years

Fuel for Fire

Rag / Duet for Guitars #3

Rave On

(Sonny West cover)

Hold Time

Poor Boy, Minor Key

The Story of an Artist

(Daniel Johnston cover)

Poison Cup

Sad, Sad Song

The Sandman, The Brakeman And Me / Well-Tempered Clavier

Magic Trick

Undertaker

Encore:

Place to Be

(Nick Drake cover)

Encore 2:

Let's Dance

(David Bowie cover)

estou verdadeiramente surpreendida

Comecei os treinos há 3 semanas e já me começo a sentir melhor, menos cansada e capaz de correr durante mais tempo. Tenho ido correr praticamente todos os dias e penso estar próxima da marca dos 5 quilómetros. Às quartas tenho a companhia de uma colega da empresa e, meio a brincar, meio a sério, já combinámos a inscrição numa corrida de 10km lá para Setembro!

as coroas já cá cantam

E já só faltam duas semanas para o meu fim-de-semana em Copenhaga!

é já este domingo

percepções

Pareço ter ganho a reputação de ser uma pessoa calma. Mais do que um colega fez essa observação. Talvez no ano passado tenha gasto o que tinha de capacidade de stressar, mas não posso deixar de pensar que talvez alguma coisa tenha mudado em mim. Claro que deixar de trabalhar doze horas por dia ajuda. Não ter que publicar como se a minha vida dependesse disso faz uma grande diferença. Não tenho maus resultados - é claro que há coisas que não correm bem - mas quando um projecto não funciona, não se continua até ao infinito. Enterra-se e começa-se outro. Se quando comecei a trabalhar na empresa tinha muitas saudades da universidade, agora olho para trás com ternura, mas segura de que tomei uma decisão acertada.

toca a doar!

Vou participar numa corrida de angariação de fundos. 5 quilómetros!

O Cancer Research UK é uma instituição de grande prestígio no Reino Unido que se destaca pela investigação de referência na área do cancro, bem como pelo apoio dado a pacientes e às suas famílias.

Ao apoiarem a minha participação nesta corrida (Race for life - 5km) estarão efectivamente a contribuir com fundos que são vitais para o continuar do excelente trabalho preconizado pelo Cancer Research UK.

A minha página inclui as informações necessárias de como fazer uma contribuição:

http://www.raceforlifesponsorme.org/joanacarvalho3010

Obrigada!

13 assassinos

Filme de Samurais, bem ao jeito de Tarantino. Sentido de honra, missão e companheirismo no meio de muito, muito sangue. Não que deseje atravessar com uma espada afiada a Troika, o Sócrates e o Passos Coelho, mas ver a luta de 13 homens contra um déspota e o seu exército tranquilizou, por momentos, o meu espírito revoltado e angustiado.

já ando por aqui há 4 anos

E o mais certo é que irei fazer de Cambridge a minha casa por mais algum tempo. E se é certo que passo a vida a queixar-me, seria no mínimo injusto se não confessasse (espanto!) que até há coisas que me agradam.

Gosto da maneira como eles valorizam o património e a sua história. Gosto da maneira apaixonada com que experimentam a vida ao ar livre. A chuva é um pormenor que não os faz ficar em casa - até têm saudades dela nas raras semanas, dias, marcados pela sua ausência. Gosto de poder ir a Londres e ter acesso aos melhores museus do mundo. Gosto de apanhar o comboio, sair no meio da confusão londrina, e ir a um concerto. Gosto do respeito e das condições que dão a quem trabalha. Gosto da BBC Radio 6 e do Dr Who. Gosto de cherovia assada - parsnip - acho que nunca me cruzei com este vegetal antes de vir para aqui morar. Enfim, nem tudo é mau no reino de sua majestade.

viagens pelo reino unido (windsor, stonehenge, bath)

Bath

Stonehenge
Windsor

viagens pelo reino unido (yorkshire)