Ainda não me fui embora e já aqueles corredores me parecem estranhos. Uma caixa bastou para arrumar cadernos de laboratório, protocolos, artigos e outras coisas que ainda me podem ser úteis na vida pós-GZ. Dois anos cabem em muito pouco, pensei, ao olhar para aquela caixa. Parte da minha vida está ali, colada àqueles páginas, cheias de resultados, dados e planos.
Dois anos, assim arrumados, são um instante breve, um suspiro. Mas talvez nada disso importe, dois, dez, vinte anos, tanto faz. As pessoas, o que aprendemos, as alegrias e as tristezas - essas memórias não cabem numa pequena caixa de cartão, levo-as comigo e são do tamanho do mundo.
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