Monday, May 21, 2012

ai ai ai

Já tenho o meu carrinho! Posto isto há que dizer que: 1) tenho mesmo que voltar a ter aulas de condução - bati com a mão direita na porta meia dúzia de vezes; 2) o motor roncava de tão mal que meti as mudanças; 3) passei a vida a dizer "pela esquerda é que vamos". É chegada agora a altura de passar isso à prática mas sem exageros - não vale bater nos carros estacionados à direita. 

Sunday, May 20, 2012

partir pedra

O tempo tem voado e se me perguntarem exactamente como têm sido os meus dias terei que responder que os tenho passado a fazer de tudo um pouco - limpar e organizar o laboratório, encomendar reagentes e equipamento, ler artigos e planear experiências. Missões impossíveis assentam-me que nem uma luva.

Wednesday, May 2, 2012

os meus dotes poéticos - desta vez em inglês

Tonight I made a tiny stuffed bird,
It's a bit weird, the poor old birdie. 
Badly stitched, tiny eyes 
And it doesn't even have a proper beak. 


But it's kind of cute, 
Kind of cool,
And it smells nice. 
(It's the lavender!)


PS. Escrevi isto, a rir, na noite em que fiz aquele pássaro horroroso. Pássaro que acabei por dar à pequena Maria, que se entreteve uns quantos minutos com ele na boca. Não teve um final feliz, o pobre.

E com este "poema" encerro as minhas incursões no mundo da poesia - a prosa, espero, não me sai assim tão mal... 

Monday, April 30, 2012

Wednesday, April 25, 2012

hoje nascia um país novo

Hoje nascia um país novo, o meu. Um país em construção: abril das mil cores, dos sonhos mil. Abril do futuro, abril do mais improvável dos sonhos. 

Manhã orvalhada, imensa a planície. 
Searas, um azul sem fim. 
Papoilas.
Abril de todas as esperas,
Chegaste enfim.

Tuesday, April 24, 2012

Monday, April 23, 2012

justiça, direito e caridade

"Posto diante de todos estes homens reunidos, de todas estas mulheres, de todas estas crianças (...), cujo suor não nascia do trabalho que não tinham, mas da agonia insuportável de o não ter, Deus arrependeu-se dos males que havia feito e permitido, a um ponto tal que, num arrebato de contrição, quis mudar o seu nome para um outro mais humano. Falando à multidão, anunciou: 'A partir de hoje chamar-me-eis Justiça'. E a multidão respondeu-lhe: 'Justiça já nós a temos, e não nos atende'. Disse Deus: 'Sendo assim, tomarei o nome de Direito'. E a multidão tornou a responder-lhe 'Direito já nós o temos, e não nos conhece'. E Deus:' Nesse caso ficarei com o nome de Caridade, que é um nome bonito'. Disse a multidão: 'Não necessitamos de caridade, o que queremos é uma Justiça que se cumpra e um Direito que nos respeite". 

Excerto do Prefácio escrito por José Saramago para o livro "Sem terra", Sebastião Salgado
in Cadernos de Lanzarote - Diário IV