O meu pai sempre disse, e de vez em quando lembra-me não vá eu estar esquecida, de que sou uma pessoa de excessos, do oito ao oitocentos. É bem verdade. Gosto muito daquilo que gosto. E não gosto, com igual convicção, daquilo que não gosto. A preto e branco. Quando de gente se trata, estas pessoas que admiro profundamente, estão próximo da definição que uma agnóstica pode ter de divino. Na versão materialista são génios. O Saramago é uma dessas pessoas, como tantas vezes o digo. Gosto tanto dele, de o ler e ouvir, que qualquer coisa que escreva é meramente uma aproximação da dimensão do génio generoso que ele é ou dos tributos que ele merece que lhe sejam feitos. Esta quinta estreia o Blindness. Vou ver, sozinha, porque é assim que eu quero que seja, como que se estivesse novamente a ler o livro, sem nada que se intrometa ou me distraia.
1 comment:
Eu confesso que estou com receio de ir ver o filme... O livro é de tal maneira grande que o medo de o ver diminuído me assusta...
Post a Comment