A minha vida é um filme (europeu, claro): não há sítio no mundo onde vá em que não seja recebida pelo menos por uma greve (o ano passado em Roterdão foi uma mulher-bomba, caso estejam esquecidos). Desta vez foi uma quebra de electricidade que nos impediu de chegar rapidamente ao hotel. Atraso sobre atraso somado, a hora de almoço foi passada numa autoestrada de acesso a Paris. Lá chegadas, mais uma boa hora a tentar encontrar o Instituto Pasteur a tempo do registo no congresso. Se eu me consigo perder em Lisboa, a caminho de casa, melhor o faço nas ruas de Paris esganada de fome e com o meu francês limitadíssimo. A hora do lanche, infelizmente e para meu desespero, foi a outra vítima mortal do dia. Duas palestras depois bem podiam ter anunciado a descoberta da vacina contra a malária. Mal a conferência terminou corri para a mesa dos aperitivos e comi à velocidade que o bom senso e a etiqueta permitem mais de vinte capapés e mini-sandes (ou 50, não sei, estava a tentar não desmaiar de fome). Credo. Ou melhor, Nossa Senhora me valha, que o Papa também andava por Paris.
1 comment:
Deus te abençoe!
Onde está o maná dos céus quando precisamos dele?
Conta mais aventuras de Paris!
Post a Comment