Apesar de tudo, nos últimos meses, consegui manter-me calma. Talvez não seja inteiramente fiel à verdade se assim descrever o meu estado de espírito. Tive momentos de apatia e dormência generalizada. Chorei, muitas vezes senti-me extremamente ansiosa e preocupada. Reuni, contudo (e que outra opção havia?) energia para actualizar o currículo, pedi ajuda à minha chefe e aos meus orientadores para fazê-lo o melhor possível, e comecei a concorrer a empregos. Fui a entrevistas. Habituei-me a andar com o telemóvel permanentemente comigo, a ver o email 500 vezes por dia à espera de ouvir boas notícias.
Estas chegaram num final de tarde, caminhava para casa e tinha já dado o dia como terminado. Dei pulinhos de contente no meio da rua e corri para casa para telefonar ao meu pai, à minha irmã e amigos. Nunca se sente tanto a falta da gente de quem gostamos do que quando temos notícias boas para partilhar.
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