Santana Lopes foi ontem vítima da república das bananas que ajudou, não a criar (porque os problemas do nosso país não são exclusivos do curto reinado dele), mas a dar roupagens muito mais coloridas.
Já há uns tempos disse que o nosso mundo parecia um circo. Neste circo mundial, depressa caminhamos para estrelas da companhia. Interromper uma entrevista sobre o futuro do PSD para transmitir a chegada do Mourinho não cabe da cabeça de ninguém. Ontem li uma entrevista do Spike Lee, em que este dizia que se antes a comunicação social serviu para aumentar as nossas liberdades e garantias, agora serve para atordoar as mentes. Não posso concordar mais.
Num país em que o nosso Primeiro só diz palavras ocas, um Presidente tão mau que só não entro em depressão profunda porque ainda estou em negação - o nosso circo é assim tão pobrezinho, com os palhaços mais tristes e com os truques tão fáceis de adivinhar, com um gato magricela e um periquito a fazerem as vezes dos elefantes e leões.
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