Sunday, March 16, 2008

desilusão

Para ser sincera não gostei muito do filme "Into the wild". Logo desde o início comecei a irritar-me com a história de que para se ser livre tem que se abandonar a sociedade, a fonte de todos os males e que serve apenas para corromper os pobres mortais que querem apenas ser felizes; a ideia de que sem dinheiro, cartões e telemóvel adquirimos uma súbita superioridade moral; que podemos ser felizes comendo amoras e deambulando pelo mundo, vendo coisas bonitas. Digam isso às pessoas que morrem todos os segundos por este mundo e vejam se as conseguem convencer a ver o lado positivo de "estar vivo". Sinceramente, fez-me lembrar aqueles tipos da casa ocupada que, por não tomarem banho, achavam que estavam a mudar o mundo.
Talvez estivesse muito cínica ontem e com o coração empedernido. Talvez as expectativas sobre o filme fossem muito altas. Talvez. Definitivamente não estava no mesmo comprimento de onda.

1 comment:

Unknown said...

Ser livre não é definitivamente o mesmo para todos. E se não é preciso largar toda a sociedade para se ser verdadeiramente livre, o filme faz.nos pensar nas mil e uma coisas a que nos agarramos e de que não necessitamos para ser livre e felizes. Por vezes temos de largar algumas coisas; o quê isso depende de cada um.
Um comentário de uma materialista que gostou bastante do filme, mas não largava a sociedade assim!