Dois livros fizeram este fim de semana prolongado: Viagens no Scriptorium, de Paul Auster, e Presas, de Michael Crichton. O de Paul Auster, certamente não na categoria de descartável, é um livro notável pelo exercício do domínio da liguagem. Só um grande escritor consegue manter a atenção do leitor quando a narração ocorre num único quarto, em que tudo é descrito minuciosamente, movimento a movimento, quase molécula a molécula.
O Presas: 345 páginas, lidas num dia, cinco euros no Modelo de Estremoz, conta a história de uma catástrofe causada por uma criação nanotecnológica que ameaça a civilização. Foi um belo investimento de capital, requereu um mínimo esforço mental para acompanhar a história e sem sentimentos de culpa por estar a ler depressa demais. A isto eu chamo um livro descartável.
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