Não sei o que terá sido para milhares de portugueses combater na Guerra do Ultramar. Muito menos imagino como terá sido conviver com a noção de se estar numa guerra errada, por razões erradas, iniciada por um regime fascista que oprimia o seu povo e o empurrou para um combate que visava oprimir outros povos.
Ontem, no lançamento de uma antologia do Manuel Alegre (Nambuangongo, Meu Amor) que inclui todos os poemas que o poeta escreveu sobre a Guerra Colonial, Rui Mendes disse que "Combatemos do lado errado mas a nossa consciência estava do lado certo".
Deve ter sido tão difícil, tão cruel, que só tendo a consciência do lado certo, serena, em paz, é que muitos conseguiram certamente sobreviver. Bem como os ideais, os sonhos, a justiça.
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