Visita a Gozo, a segunda ilha de Malta. Mais pequena, a mesma paisagem, feita de casinhas e mais casinhas. Esqueci-me de mencionar este facto importante, que é, talvez, um dos denominadores comuns aos habitantes da ilha: quase todas as casas têm um santo à porta e muitas estavam enfeitadas para a semana santa que se avizinha. Segundo as contas do guia, 97% da população é católica. Pelo que vimos, não é exagero.
Outra coisa que nos espantou, aqui, mas também na ilha maior, foi a quantidade de casas abandonadas. Há mais casas que Malteses, saímos de lá com essa certeza. O nosso guia (o tal anarco-sindicalista), antigo arquitecto que deixou de o ser, contou-me que não queria ajudar a construir nem mais uma casa que fosse naquela terra. Contou-nos aquelas histórias de conquistas e povos e assim vai vivendo a defender o país que é o seu - ou assim o imagino, com o meu coração dedicado a imaginar moinhos e a inventar D. Quixotes.
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