Muito dormi eu na Sicília. Acordámos às cinco da manhã e duas horas depois atracámos em terras Sicilianas. Com os olhos a pestanejar de tanto sono que levava, ainda assim acordei a tempo de ver as marcas deixadas pelo Etna na paisagem. Rocha balsáltica, rios de lava consolidada podiam ver-se por aquelas encostas abaixo. Lá longe, o Etna espreitava e impunha-se. Subimos num funicular até aos 2500m e até aos 3000m num jipe enorme que rompia por entre a neve que ainda não derreteu.
Chegámos ao fim do mundo, pensei. Céu azul, entrecortado de negro. Paisagem lunar, linda, austera. Apetecia ficar ali e decorar cada relevo, não fosse o vento e o frio que nos adormeceu a cara, os dedos e as orelhas. O passo tinha que ser certo e apressado. As fotografias não lhe farão justiça, muito menos as minhas palavras. Ainda bem que lá fui e espero não me esquecer daquele negro, daquela imensidão e da solidão que lá se pode sentir.
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