Malta é uma imensa fortaleza e as cidades sucedem-se. Não há muito campo por estes lados e é difícil perceber onde estamos - só com a ajuda de um mapa e depois de perguntarmos mil vezes ao guia o nome da terra que víamos no horizonte. Por esta terra andou quase toda a gente: gregos, fenícios e romanos; turcos, espanhóis, portugueses, as tropas napolitanas e os ingleses. E claro, os Cavaleiros de Malta. A história cruza-se connosco quando andamos pelas ruas e quando avistamos os mil portos de Malta - histórias de ocupantes e ocupados, de ocupantes que foram, mais à frente, ocupados.
Ilha com 450 mil habitantes, saímos de lá sem perceber qual é a identidade que resume os malteses. Talvez porque aquele pedaço de terra, encalhado no Mediterrâneo entre o Norte de África e tão perto de Itália, é o resultado daquele rumar de gente tão diferente. Esses viajantes não deixaram uma marca distinta, ou, pelo contrário, deixaram bocadinhos que se foram diluindo no que já lá estava. Não sei.
O segundo dia da nossa viagem foi passado a percorrer as ruas antigas de Cospicua, Senglea e Vittoriosa. À tarde demos uma volta de barco e vimos os mesmos povoados do mar, este tão azul, tão lindo, com tantos barquitos de pesca. Vale a pena vir para este lado do mundo só para ver este mar.
1 comment:
Sinceramente....são 405 mil habitantes! Nem depois de ouvir isto 5 vezes por dia...
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