Thursday, November 29, 2007

micróbios gigantes

Falta de ideias para prendas de Natal? Porque não dar um peluche do nosso micróbio, bactéria ou protozário preferido?

Wednesday, November 28, 2007

josh, larga a espanhola III

"autor de discos como "1972" ou "Nashville", contudo, mostrou-se algo apagado, o que é perfeitamente aceitável uma vez que estava doente há dias - aliás, o seu frágil estado de saúde foi a causa do cancelamento do showcase marcado para a Fnac do Chiado horas antes." (Jornal de Notícias, 28 de Novembro)
E quase que aposto que a espanhola nem uma canjinha lhe fez.

ned

A pedido de muitos, aqui fica a definição de um NED (non educated deliquent). Em português falando, são rapazitos nada simpáticos, geralmente vestidos de fato de treino branco(infelizmente não arranjei uma fotografia decente), dos quais convém manter uma saudável distância de segurança. Como aparentemente vivo numa área NED, ganhei um novo hábito - mudo de passeio sempre que vejo alguém remotamente parecido com o retrato que me pintaram de um NED. Just in case.
Ned is a derogatory term applied to certain young people in Scotland (similar to the terms chav used in Wales and England, skanger in Ireland, and spide in Northern Ireland). The stereotypical view of a ned is a white adolescent male, of working class background, who wears fake Burberry, who engages in hooliganism, petty criminality, loutish behaviour, underage drinking and smoking or general anti-social behaviour. They are often assumed to be unemployed.

para hipocondríacos

A TSF tem todas as manhãs um programa sobre doenças, tratamentos e afins. Realmente não há melhor maneira de acordar do que a ouvir falar de cancros e doenças cardíacas, colesterol e tensão alta. Para os hipocondríacos é excelente, pois todos os dias têm uma doença nova – hoje era menopausa precoce.

Tuesday, November 27, 2007

josh, larga a espanhola II

O tempo já passou por ele. Nota-se no ar mais composto, de fato, e na barriga de tapas e cerveja. O cabelo desgrenhado é, quem sabe, uma âncora ao rapazinho que sempre há-de ser. E como rapaz esperto que é, com tantas músicas boas (muito boas) por onde escolher, tocou algumas das cantigas mais novas (d.e.), mas a grande maioria foram canções de albuns antigos (a.e). Ainda bem: foi aí que nasceu um grande concerto cheio de músicas bestiais (come back, love vibration, my love has gone,...) que me acompanham em tantos tantos dias e que invariavelmente me deixam bem disposta.

finalmente aterrei

Hoje foi o primeiro dia em que acordei com vontade de trabalhar. Pode ter sido um efeito pós-concerto, mas acho que não. Estou finalmente de volta.

Monday, November 26, 2007

desabafos

Os novos cartazes da JS irritam-me: onde é que está a juventude feliz e confiante no futuro que eles mostram? Onde, onde? Sinceramente não anda por onde eu passo. Todos ou quase todos os meus amigos se queixam do mesmo, da falta de horizontes, de motivação, de esperança. Andamos deprimidos à vez, num estado em que nem uma overdose de chocolate nos safa. Gostava muito de enterrar a cabeça na areia, ou de ser estúpida ou burra. Mas não sou assim e por isso ando triste a maior parte do tempo. Talvez a minha cabeça na lua seja uma estratégia evolutiva que me poupa maiores amarguras: vou para meu mundo inventado, onde sou muito mais feliz.

pequeno joão

Finalmente conheci o Joãozinho. É pequenino, tem umas bochechas muito grandes, uns olhos bonitos e doces, é muito meiguinho, fala muito e tem um sorriso muito giro. A comer abre bem a boca (quase tanto como o pai!) e fica impaciente entre colheradas. Gostou muito dos botões do meu casaco e de me puxar os caracóis - vamos ser amigos para a vida.

Sunday, November 25, 2007

o elefante-aranha

roterdão II






banquete

25-11-2007 10:01:00

Um banquete só para macacos. Este macaco vai banquetear-se com todas estas iguarias até não poder comer mais. É para ele e mais cerca de dois mil macacos da região de Lopburi, a norte de Banguecoque, Tailândia, que se põe a mesa, frente ao templo de Pra Pang Sam Yot. Aos comensais não falta nada. Nem a lata de refrigerante. Foto: Sukree Sukplang/REUTERS
(in Público online)

Saturday, November 24, 2007

time out lisboa

Sai às quartas, custa 2 euros e pretende ser o guia de lazer e cultura de referência para a cidade, com uma lista completa de tudo o que se faz fora de casa em Lisboa. Vale pena, principalmente se não se der muito importância a alguns textos um bocado parvos, "jovens" e "divertidos".

estremoz já tem modelo

Comemos empadinhas da Formosa, fomos tomar café com a Xana e o Corda e visitámos o Modelo (nós e a cidade, todos estavam lá caídos a ver a novidade!). Estremoz é uma cidade muito bonita, especialmente em dias como os de hoje, com o céu azul, mas é muito fria. Não para mim, claro, com a minha recém adquirida resistência ao frio.

josh, larga a espanhola



já agora também eu proponho

Ramos Horta defendeu hoje a atribuição do Nobel da Paz para o Durão Barroso. Pois que o senhor, coitadinho, foi enganado com a história das armas de destruição massiva. Boa ideia, já agora um Nobel da Paz para os senhores Blair, Aznar e Bush que tanto contribuiram para a paz mundial.

600 páginas de nada

Li o "Equador" do Miguel Sousa Tavares e gostei. Não é um grande livro, daqueles que nos marcam a memória, mas lê-se bem e está razoavelmente bem escrito. Resolvi, por isso, ler o novo, chamado "Rio das Flores". Passa-se no Alentejo, em Estremoz, e acompanha a história de uma família de latifundiários a partir de 1910, mais coisa menos coisa. Havia muitos sinais de alerta: latifundiários, Alentejo, escrito pelo MST.
Confirmei o que estava à espera (juro, juro que tentei ser imparcial). Neste Alentejo não houve fome nem ditadura, há mesas fartas e compotas feitas com os frutos da época, viagens ao Brasil e a Paris, morgados e morgadinhos. A personagem mais progressista era um "liberal" que pregava contra o Estado Novo do conforto do cadeirão da casa senhorial, enquanto intelectualmente bebia um whiskey.
Não me reconheço neste Alentejo, nem na análise feita à resistência ao fascismo, nem na descrição da Guerra Civil Espanhola, onde os fascistas são chamados de Nacionalistas. O que vale é que a história terminou antes do 25 Abril! Enfim, 600 páginas de um Estado Novo suavizado, 600 páginas de uma visão da vida que eu não consigo compreender ou defender.

across the universe

História de amor ao som dos Beatles. Com as músicas enfiadas a martelo, a meio já me apetecia cortar os pulsos. Um filme que se pretendia cheio de força, ao acompanhar as mudanças poderosas que ocorreram no mundo nos anos 60 e 70, resultou em algo fraquinho e sem alma. Não me convenceu.

júlio machado vaz

Hoje ouvi-o falar na televisão e, como de costume, relembrei o quanto admiro aquele homem. Recordo em particular que, durante o debate sobre o referendo ao aborto, JMV foi das pessoas que defendeu o Sim com mais humanidade. Gosto muito dele: pela calma e inteligência com que consegue expôr os seus argumentos, pela forma pedagógica e simples com que coloca os problemas e aconselha as pessoas, pela generosidade que transparece dos seus olhos castanhos e da sua voz doce.

Thursday, November 15, 2007

cinema às quartas, sicko

É verdade que o sistema de saúde dos Estados Unidos é o fim da linha dos direitos sociais dos povos. É também verdade que a Europa tem um historial longo de conquistas de direitos dos trabalhadores. Porém atenção: por enquanto ainda estamos longe da desumanidade patente dos EUA, mas o que é facto é que os governos estão a preparar o terreno e as seguradores a esfregar as mãos sempre que os Estados se demitem das suas responsabilidades sociais.
Quanto ao filme... Concordo com o diagnóstico que Moore faz (embora ache que ele pinta com tons demasiado cor-de-rosa o SNS Europeu), mas não gosto do circo que ele monta e o espalhafato com que aborda as questões que se propõe estudar. E não gosto porque não é eficaz, porque se torna pouco credível. Mas o filme tem, porém, o mérito de mostrar o que está no nosso horizonte se não lutarmos e defendermos os nossos direitos.

amesterdão III


"La Poderosa", pelas ruas de Amesterdão

Tuesday, November 13, 2007

sticky toffee pudding

Passei oito meses a dizer mal da comida britânica, é por isso justo que, para que não pensem só no fish and chips, faça referência a um doce de que gostei e muito: sticky toffee pudding. É exageradamente doce (não se pode comer muito), come-se quente, é peganhento e tem um nome giro (a parte sticky). Como por cá não se pode comprar no supermercado e aquecer no micro-ondas, aqui fica a receita.

jeito para a escrita

Não tenho jeito para escrever artigos científicos. As frases e as palavras saem lenta e dificilmente - então a parte de material e métodos nem se fala, com aqueles nomes dos plasmídeos que só eu sei, mais as enzimas e os ratos, uma confusão, um verdadeiro novelo de meter medo. Quem me dera ter a cabeça mais organizada e a escrita mais simples.

Sunday, November 11, 2007

optimização do sono

Sempre fui de me deitar cedo e de precisar de dormir muito e a horas certas para conseguir ficar com o cérebro em modo operacional. Na Escoce foi uma vida santa: era raro o dia em que tinha os olhos abertos depois da 10 e descobri a vantagem da hora do jantar britânico (pouco depois do nosso lanche). Não sei se foi pelas litradas de chá que passei a beber diariamente, se pelo frio ou pelas caminhadas, mas o que é certo é que andava bem desperta e sem precisar do nosso café maravilhoso para me mexer. Agora que voltei ao café ando mole mole, mas espero que seja só o efeito da adaptação ao sol e às temperaturas escaldantes do nosso Outono.

big fish

Ontem falava sobre este filme e sobre o quanto me faz lembrar o meu avô António e as suas histórias, muitas delas inventadas mas que, tanto eu como a minha irmã, não nos cansávamos de ouvir. Acho que a vida bem merece levar uns retoques para lhe acrescentar um pouco mais de côr, um pouco mais de vida à própria vida - nessa arte o meu avô era um mestre, com o seu grande coração de açúcar.

Saturday, November 10, 2007

amesterdão II





o meu alentejo

Sines, junto ao mar
Algures entre Alvalade e Santiago do Cacém


o fiel jardineiro

Bem equipado para as agruras do campo...



Orgulhoso do seu belo canteiro, uma viçosa plantação de coentros!

viver do ar

Estou mais atenta e envolvida na luta pelos direitos dos bolseiros do que alerta para os problemas de financiamento das universidades - mas é certo que estas duas questões andam lado a lado e resultam de uma mesma política, a da não aposta na Educação e nas instituições e pessoas que a suportam.
Posso, por isso, andar desatenta, mas não me lembro de ouvir um discurso (da classe docente) tão crítico em relação à política deste governo como o discurso do Reitor da Universidade durante a cerimónia de abertura do ano lectivo. Foi bom ouvir essas críticas vindas de onde vieram, mas é também sinal que devemos estar mesmo a bater no fundo. Como as Universidades vão sobreviver no futuro não sei, mas o melhor é irmos abrindo os olhos e batendo os pés antes que seja tarde demais.
Para quem ainda tinha dúvidas, é este o afamado choque tecnológico - as universidades e os bolseiros, enfim, todo este universo ligado à educação e à ciência - temos que inventar rapidamente uma técnica, protocolo ou tecnologia que nos permita a todos viver do ar. Por este andar, só assim acabarão os nossos problemas.

do jet lag

Chegar e aterrar em Portugal vinda da Escoce foi uma grande canseira. Tenho posts para escrever e que tenho adiado por falta de tempo - há muita coisa para ver e fazer, muitas conversas para pôr em dia e amigos para rever, comidas e cheiros e paisagens para comparar com as memórias que me alimentaram durante estes oito meses.
Este fim-de-semana estou em casa da minha tia, matei as saudades da planície alentejana e fui ver o mar, com olhos que devoram e vêem mais do que a 100%. As ementas têm sido escolhidas a dedo e a minha tia tem-me feito as vontades (e estava tudo muito bom): já comi sopa de tomate e peixe grelhado, açorda, migas com carne de porco, massada de peixe, aletria e pão (do bom) com queijo e manteiga. Amanhã é a vez do ensopado: estou cheia que nem um ovo.
Mas do que mais gostei foi estar hoje ao sol, com os meus sapatos novos com cheiro a Primavera, calças arregaçadas, a ler um livro. Isto é que é estar em casa e é por isto que nem todos os sítios do mundo podem ser nossos.

Tuesday, November 6, 2007

rufus

Mal acabadinha de chegar a Lisboa fui ao concerto do Rufus com as miúdas (a minha irmã Marta, a Sara e a Margarida). O senhor é simpático, diz piadas giras, canta bem e anda melhor do que eu de saltos altos. Gosto da voz dele e, se aqui e ali não puxasse demasiado pela voz teatral, ainda mais dele gostava. Estava um bocado rabujenta e com sono (ai o jet lag), mas foi uma boa noite e um bom concerto.

Sunday, November 4, 2007

amesterdão I

Amesterdão é a cidade das bicicletas. Uma olhada de fugida pela cidade é suficiente para perceber a sua importância – de velhos a novos, grávidas e crianças de colo, todos crescem e movimentam-se com o vento na cara. Mas se as bicicletas são evidentemente um sinal de que as pessoas vivem esta cidade de outra maneira, entre ciclistas a competição é feroz, e a velocidade que imprimem à condução grande. Os peões têm mesmo que estar atentos para não serem atropelados por uma, ou duas, ou mais bicicletas.

No primeiro dia em Amesterdão também nós alugámos uma bicicleta e perdemo-nos pelas ruas estreitas, canais e mercados de flores, com as cores do Outono a encherem-nos os olhos. Foi definitivamente o que gostei mais: as casinhas que ladeiam os canais parecem feitas de brincar, são estreitinhas e tortas, têm muitas cores, todas elas bonitas. As árvores, agora de tons vermelhos, amarelos e castanhos, navegam com os barcos dos canais e também estes parecem balancear-se ao sabor do vento.