Tuesday, August 3, 2010

saramago

Ainda que não planeado, não fico triste por só hoje escrever estas palavras. Muito pelo contrário, fico até contente. Já passou algum tempo, e assim elas não ficam perdidas no meio de tantas linhas escritas na altura.

Quando recebi a notícia da morte de Saramago chorei compulsivamente. Lágrimas egoístas, certamente, que queria lê-lo durante mais anos, para sempre, se possível fosse. Lágrimas pela morte de um homem que admirava profundamente. Lágrimas ao ver as imagens de pessoas erguendo cravos e livros, afirmando o poder das palavras, avassalador, nas nossas vidas.

Da lista de publicações que ainda me falta ler contam-se Caim, O ano da morte de Ricardo Reis e alguns dos Cadernos de Lanzarote. Não sei quando terei coragem de os ler, talvez daqui a uns tempos, quando a tristeza se tiver transformado em saudade.

Mas sempre que quiser encontrar-te, basta recordar-me daquelas personagens tão belas, porque nelas cabe toda a humanidade.
Até sempre, meu amigo, meu querido amigo.

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