Hoje ouvi "O Governo Sombra", programa apresentado pelo Carlos Vaz Marques com o Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia e João Miguel Tavares (aos domingos, das 13-14h, TSF). Tropecei no outro dia neste programa e, como gosto muito do Carlos Vaz Marques e do Ricardo Araújo Pereira, voltei a sintonizar a rádio para os ouvir. Penso que foi o João Miguel Tavares que falou numa música dos Deolinda, "Parva que eu sou". Não sei quem é a peça, nem o que faz, mas desconfio, pelo pouco que ouvi, que não concordo com o que ele pensa e diz. Mas enfim... Contava ele que esta música, que facilmente pode ser uma bandeira da esquerda, tem também andado na boca de gente "insuspeita". Gente como o José Manuel Fernandes, por exemplo. Também hoje, por coincidência, li um editorial do senhor, com referências à dita música, e em que no meio de muita demagogia aponta um dedo muito culpado aos chamados "direitos adquiridos". Defende que, por haver uma geração privilegiada, a que nasceu de Abril, anda agora uma outra à deriva, sem saída. O senhor não diz, porque não se atreve a dizê-lo, é que a solução que propõe para a situação em que nos encontramos é acabar com os tais direitos adquiridos.
A maioria dos portugueses, caro senhor, não tem uma casa de férias, nem plasmas, nem carros para todos os membros da família. Mas sim, queremos segurança no emprego; queremos uma reforma e um horário de trabalho justo. Reinvindicamos o direito à saúde e educação.
Os direitos adquiridos são conquistas civilizacionais, não são luxos. Defendê-los é a única saída para uma sociedade mais justa e solidária - para a minha geração, para a geração dos meus pais e para a dos meus filhos.
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